Se seu pet dá uma de teimoso e te faz passar vergonha, seja mais esperto do que ele e lance mão das práticas de adestramento inteligente. Com paciência, seu cachorro ou gato vão ficar mais mansinhos do que bichinho de pelúcia….

A cadela Estopinha, companheira inseparável do especialista em comportamento animal Alexandre Rossi – o Dr. Pet – arranca suspiros invejosos de todos os donos de cães e gatos malcriados e mimados do País. Enquanto seu “lindo” animalzinho de estimação mostra os caninos e rosna para as visitas, sai correndo e latindo atrás daquela criança de bicicleta no parque ou não para de uivar dentro do carro, a Estopinha atende aos comandos de Rossi imediatamente. Se ele diz “junto!”, ela anda passivamente ao lado dele; no carro, vai de cinto de segurança observando calmamente a paisagem e está mais do que condicionada a deixar-se acariciar por um estranho que queira lhe fazer um agrado.

Aí você se pergunta: eu fui premiado com um cachorro feroz? Eu me canso de ensinar, mas ele não aprende… O que foi que eu fiz de errado? Ok, acalme-se e pense. Talvez você não esteja utilizando a psicologia canina de forma correta.

Então vamos lá. O próprio Dr. Pet vai te dar algumas dicas preciosas, que estão no livro dele, “Adestramento Inteligente”, publicado pela Editora Benvirá, para que você ensine seu cão ou gato a se comportar melhor. E a boa notícia: segundo Alexandre Rossi, todo animal doméstico é capaz de ser adestrado e não há idade para que ele aprenda regras. Tudo bem, é de pequeno que se torce o pepino – ou seja, quanto mais cedo ele começar a ser adestrado melhor -, mas os velhinhos de quatro patas também respondem bem aos treinamentos.

O Adestramento Inteligente é um método baseado em reforços positivos, que valoriza as atitudes corretas e não as erradas do animal. O objetivo é melhorar a relação entre o dono e o bicho de estimação, respeitando os limites de cada um.
Nenhum tipo de violência é admitido, pois, segundo Rossi, além de reprováveis, ações negativas não resolvem absolutamente nada e podem fazer com que o animal desenvolva uma personalidade agressiva. As recompensas, ao contrário, estimulam o aprendizado.
Inicialmente desenvolvido para cães, o Adestramento Inteligente também pode ser aplicado em outros animais, como gatos, papagaios, peixes etc. É possível ensinar, por exemplo, gatos obedecerem a comandos, papagaios a fazerem truques e a não bicarem pessoas, e peixes a realizarem pequenos malabarismos.

Os principais pontos destacados pelo especialista para ter sucesso no adestramento do seu pet são:

1 – Evite que a bronca envolva raiva, descontrole ou vingança. O objetivo não é traumatizar nem apavorar o animal.
2 – A repreensão deve criar um pequeno desconforto. Um spray d’água ou o leve sacudir de uma latinha cheia de moedas costuma bastar, mas preste atenção na reação do cão.
3 – Use o reforço positivo para comportamentos adequados. Aposte em petiscos (com moderação) ou carinho como recompensas. Essa prática é a mais indicada para ensinar filhotes a fazer xixi e cocô no lugar correto.
4 – Até os 3 meses de idade é o período ideal para adestrá-lo. Sociabilize-o com humanos e animais e exponha-o a situações que deverá enfrentar mais tarde, como andar de carro.
5 – Peitorais com engate frontal para a coleira mostram-se bons para bichos difíceis de controlar na hora do passeio.

Alexandre Rossi destaca que, com o adestramento inteligente, o animal assimila o aprendizado mais rapidamente e tem prazer em obedecer, além de ser uma atividade psicológica, importante para manter a saúde mental. Já para o dono, ele muda o seu comportamento e a forma de se relacionar com o bicho de estimação, estreitando ainda mais a comunicação e o vínculo com o ele.

Serviço:
Adestramento Inteligente – Como treinar seu cão e resolver problemas de comportamento – 3ª Edição – Editora Envirá. Alexandre Rossi, o Dr. Pet. Preço médio: R$ 29,00.