A ciclofaixa que percorre as ruas dos Pinheiros, Cunha Gago e Artur de Azevedo foi inaugurada há menos de dois anos, mas a tinta vermelha que a identifica desbotou e o asfalto está todo deteriorado.
Não dá nem para chamar de ciclofaixa. Inaugurada em setembro de 2014, com 1,4 quilômetros de extensão, a pista destinada aos ciclistas que percorre as ruas dos Pinheiros – no trecho entre a Av. Faria Lima e a R. Cunha Gago -, Artur de Azevedo e Cunha Gago quase não tem cor. O vermelho característico das faixas destinadas às bicicletas desbotou e o asfalto está repleto de imperfeições.
“Não sei nem como o pessoal tem coragem de andar de bicicleta ali”, diz o comerciante Antonio Dias Promenato. “À noite não deve dar para enxergar nada da ciclofaixa, pois a tinta vermelha saiu. Já o asfalto está tão ruim, pelo menos aqui no trecho da Rua dos Pinheiros perto do cruzamento com a Faria Lima, que o ciclista corre o risco de perder o equilíbrio”, acredita.
Ao anunciar a inauguração de mais um ciclofaixa, na época o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, salientou: “o que estamos fazendo é criar uma via segregada e sinalizada, o que diminuirá bastante o risco do ciclista andar na rua. As ciclovias vão permitir que as pessoas usem a bicicleta com mais segurança”
Na prática, não é isso o que acontece. A Companhia de Engenharia de Tráfego – CET, responsável pela implantação das ciclofaixas na cidade, admite que houve, no início do projeto, um problema com o material usado na pintura das pistas. “Não havia material adequado, pois o mercado não estava preparado para oferecer esse produto”, diz Ronaldo Tonobohn, superintendente de planejamento da CET. “Não se tem uma escala de produção de rede cicloviária no país em que você tenha disponibilidade no mercado na quantidade que você precisa e com a qualidade desejada”, explicou. Segundo ele, aos poucos o problema está sendo sanado.
Para quem reclama da cor vermelha usada para pintar as pistas, que desbota com muita facilidade, a CET informa que a cor é uma determinação do Conselho Nacional de Trânsito – Contran.
A redação do Cidade de S.Paulo enviou a reclamação sobre as condições da ciclofaixa da Rua dos Pinheiros ao poder público e aguarda resposta sobre o encaminhamento para a solução do problema.